Primeira partida da final
O Estádio Independência, em Belo Horizonte, foi palco de um espetáculo com duas das maiores forças do futebol feminino brasileiro. O Corinthians começou pressionando e garantiu o primeiro gol aos 15 minutos, com Gi Fernandes batendo firme após uma troca rápida de passes. O Cruzeiro respondeu poucos minutos depois: Marília, aproveitando um cruzamento na área, empurrou a bola para o fundo da rede, selando o 1 a 1.
O ritmo não diminuiu. Aos 37 minutos, Gabi Zanotti ampliou para o Corinthians, chutando de fora da área e enganando o goleiro adversário. A resposta do Cruzeiro veio na segunda etapa, quando Belinha aproveitou um rebote e fez o terceiro gol da partida, trazendo novamente o empate ao placar.
Além dos gols, a partida ficou marcada por falhas técnicas no sistema de revisão de lances. O VAR ficou inoperante por cerca de 12 minutos, exatamente quando surgiram discussões sobre um possível pênalti. A falta de intervenção tecnológica deixou jogadores e treinadores irritados, sobretudo o técnico do Corinthians, que reclamou da ausência de recursos para analisar decisões cruciais.
O incidente mais polémico ocorreu aos 58 minutos, quando Byanca Brasil, do Cruzeiro, entrou em contato físico com Érika, do Corinthians, fora da bola. O árbitro apenas advertiu Byanca com cartão amarelo, gerando protestos veementes da equipe corintiana, que exigia suspensão. Sem o apoio do VAR, a decisão permaneceu inalterada, alimentando ainda mais a tensão entre as duas equipes.

Controvérsias e expectativas para o segundo jogo
Apesar de terminar a fase regular como líder, o Cruzeiro viu o Corinthians ultrapassar sua pontuação nas semifinais, garantindo o privilégio de receber o jogo decisivo na Neo Química Arena, em São Paulo. Com o agregado 2 a 2, a partida de volta será determinante: quem conseguir uma vantagem levará o título, mas se o placar permanecer empatado, a decisão será nos pênaltis.
Os torcedores já analisam as estratégias possíveis. O Corinthians pode apostar na pressão alta que lhe rendeu dois gols no primeiro turno, enquanto o Cruzeiro tende a explorar a velocidade dos seus atacantes, marília e Belinha, que já mostraram capacidade de reação rápida. Ambas as equipes têm plantel experiente e técnico que conhece bem o adversário, o que promete um duelo nervoso e cheio de momentos decisivos.
O Campeonato Brasileiro Feminino ganha agora mais uma camada de drama, mostrando que o futebol feminino do país está cada vez mais competitivo e atraente. A expectativa é que a partida de volta atraia um público recorde e que, independentemente do resultado, o espetáculo sirva de impulso para a visibilidade e o investimento no esporte feminino nacional.
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