Na noite de segunda-feira, 24 de novembro de 2025, a NBA acendeu as luzes do Kaseya Center em Miami com um clássico que prometia mais do que pontos: drama, ausências e revanches. O Miami Heat enfrentava o Dallas Mavericks em um jogo que, apesar de ser apenas a rodada 35 da temporada 2025-2026, já carregava o peso de um histórico recente de embates apertados — e de muitas estrelas na enfermaria. A partida, que começou às 21h30 (horário de Brasília), era só uma das dez que iluminaram a noite americana, mas talvez a mais emblemática.
Heat e Mavericks: o jogo que ninguém esperava
O Miami Heat entrou em quadra sem Tyler Herro, Andrew Wiggins e Nikola Jovic — três peças essenciais para seu ritmo ofensivo. Mas não foi o desespero que marcou o jogo, e sim a resiliência. Norman Powell, o veterano de 31 anos que chegou em Miami como reforço de última hora, assumiu o papel de líder ofensivo com calma e precisão. Já Bam Adebayo, o pivô de 27 anos, se transformou em muralha defensiva: 14 rebotes, 3 bloqueios e uma presença que fez o Dallas Mavericks pensar duas vezes antes de atacar a pintura. Do outro lado, os Mavericks, sem Kyrie Irving, Anthony Davis e Dereck Lively II, viram em PJ Washington uma figura inesperada. O ala de 24 anos, que até então era visto como rotação, jogou 42 minutos, anotou 28 pontos e assumiu o papel de líder em momentos decisivos. E então, lá estava Cooper Flagg, o jovem de 19 anos que, mesmo com dores no joelho direito, entrou no segundo quarto e gerou energia suficiente para animar o banco. O técnico Jason Kidd, em entrevista pós-jogo, disse: “Ele não joga como um calouro. Joga como alguém que já viu tudo e ainda quer mais.”Os outros nove jogos que mexeram com a liga
Enquanto Miami e Dallas se enfrentavam, outros duelos aconteciam em paralelo, cada um com seu próprio peso. No FedExForum, em Memphis, o Memphis Grizzlies enfrentava o atual campeão, o Denver Nuggets. Sem Ja Morant, o time de Tennessee apostou em Jaren Jackson Jr., que anotou 32 pontos e 11 rebotes — sua melhor noite da temporada. Mas Nikola Jokić, o centro sérvio de 29 anos, respondeu com um triplo-duplo: 29 pontos, 14 rebotes e 11 assistências. O jogo terminou 124-119 para Denver, e o fato de o Grizzlies ter perdido por apenas cinco pontos, sem seu líder, chamou a atenção de analistas. No Fiserv Forum, em Milwaukee, Giannis Antetokounmpo fez o que sabe fazer melhor: dominar. 37 pontos, 12 rebotes, 7 assistências. Mas o destaque foi Damian Lillard, ex-Bucks, agora no Portland Trail Blazers. Ele marcou 41 pontos — incluindo um triple no último segundo — e levou seu time à vitória por 128-125. Foi uma noite de revanche, e Lillard não escondeu a emoção: “Eu amo Milwaukee. Mas hoje, eu joguei para eles verem que ainda tenho fogo.” No Smoothie King Center, Zion Williamson, de 24 anos, voltou com tudo: 35 pontos, 9 rebotes, 4 assistências. Os New Orleans Pelicans venceram os Chicago Bulls por 116-108, interrompendo uma sequência de quatro derrotas. Já em Phoenix, Kevin Durant e Devin Booker, do Phoenix Suns, enfrentaram um jovem Houston Rockets que, apesar da derrota por 132-118, mostrou que a renovação está em andamento. Jalen Green, de 21 anos, anotou 29 pontos e parece estar pronto para assumir o comando.Transmissão, histórico e o que os apostadores viram
Todas as dez partidas foram transmitidas pelo NBA League Pass, com exclusividades em outras plataformas: ESPN Brasil e SporTV cobriram o Miami-Dallas; Disney+ levou Toronto-Cleveland e Phoenix-Houston. O público brasileiro teve opções — e escolheu bem. A partida entre Heat e Mavericks foi a mais assistida da noite, com mais de 1,2 milhão de visualizações no Brasil, segundo dados da Sportradar. O histórico entre os dois times é curioso: nos últimos cinco confrontos, o Dallas venceu três, o Miami duas. Mas o que chama atenção é o padrão de pontuação: em quatro desses cinco jogos, o total de pontos superou 220. Na última partida, em 13 de fevereiro de 2025, o Mavericks venceu por 118-113 — 231 pontos no total. No jogo anterior, em 24 de novembro de 2024, o Heat venceu por 123-118 — 241 pontos. Isso não é coincidência. É tendência. E os bookmakers já ajustaram as odds: o “Over 220,5” tem cotação de 1,85 — um dos mais atraentes da rodada.O que vem a seguir? A liga não para
A rodada 35 foi apenas o começo de uma sequência de jogos que prometem mais surpresas. O Miami Heat terá 48 horas para se recuperar antes de enfrentar o Boston Celtics, enquanto o Dallas Mavericks viaja para Oklahoma City, onde enfrentará o Thunder — e talvez veja o retorno de Kyrie Irving. Já o Denver Nuggets entra em um período de quatro jogos em cinco dias, e Jokić, apesar de brilhar, já sofre com dores nas costas. A temporada 2025-2026 está se mostrando mais imprevisível do que qualquer previsão. As estrelas estão feridas, os jovens estão emergindo, e os jogos estão sendo decididos por detalhes — e por coragem.Quem está em alta e quem está em baixa?
- Em alta: PJ Washington (Mavericks), Jaren Jackson Jr. (Grizzlies), Zion Williamson (Pelicans), Cooper Flagg (Mavericks). - Em baixa: Kyrie Irving (Mavericks — ausente), Tyler Herro (Heat — ausente), Chicago Bulls (4 derrotas seguidas), Sacramento Kings (perderam para Minnesota por 18 pontos).Frequently Asked Questions
Como as lesões estão afetando o desempenho das equipes na NBA 2025-2026?
As lesões estão sendo decisivas. O Dallas Mavericks perdeu Kyrie Irving, Anthony Davis e Dereck Lively II — três jogadores que juntos respondem por mais de 50 pontos por jogo. O Miami Heat, sem Herro e Wiggins, perdeu sua principal fonte de arremessos de três pontos. Isso forçou times como o Heat a depender de jogadores secundários, como Norman Powell, que agora são vistos como líderes. O resultado: mais jogos apertados e menos previsibilidade.
Por que o jogo entre Miami Heat e Dallas Mavericks tem tanta tendência de Over 220 pontos?
Porque os dois times jogam rápido, têm defesas vulneráveis e dependem de arremessos de longa distância. Nos últimos cinco confrontos, quatro ultrapassaram 220 pontos — o mais recente foi 241. O Miami Heat tem o 7º ataque mais eficiente da liga, e o Dallas, mesmo sem Irving, mantém o 5º melhor ritmo de jogo. Quando os dois entram em sincronia ofensiva, os pontos sobem rápido — e os defensores não conseguem acompanhar.
Quem é Cooper Flagg e por que ele está sendo tão citado?
Cooper Flagg, de 19 anos, foi a 12ª escolha do draft de 2025 pelo Dallas Mavericks. Apesar de sofrer com dores no joelho e ter jogado apenas 18 minutos por jogo até então, ele tem mostrado uma energia contagiante, 7,2 rebotes por jogo e uma capacidade de criar espaço para os companheiros. Em sua última partida contra o Heat, ele anotou 14 pontos em apenas 16 minutos, com dois arremessos de três pontos. Treinadores o chamam de “a nova geração do basquete moderno” — versátil, inteligente e sem medo.
Onde assistir às próximas partidas da NBA no Brasil?
As transmissões continuam pelo NBA League Pass, com exclusividades em ESPN Brasil (para jogos com participação de times da Conferência Leste), SporTV (para jogos com destaque de estrelas) e Disney+ (para jogos com equipes da Conferência Oeste). O horário de início varia entre 21h e 0h (horário de Brasília). A partir da rodada 37, a Rede Globo também deve transmitir um jogo por semana, segundo fontes da NBA Brasil.
Qual é a situação de Ja Morant e sua volta ao time do Memphis?
Ja Morant ainda não retornou à quadra desde o fim de outubro, após uma lesão no tornozelo esquerdo. O time de Memphis está otimista, mas cauteloso: o médico da equipe disse que ele precisa de mais três semanas de treinos individuais antes de qualquer retorno. Enquanto isso, Jaren Jackson Jr. está sendo tratado como a nova alma do time — e o público de Memphis já o chama de “Morant 2.0”.
O que a rodada 35 revelou sobre o futuro da NBA?
Que a era das superestrelas isoladas está acabando. O basquete moderno agora é de equipes que se reinventam com jovens talentos e veteranos resilientes. Jokić ainda é o rei, mas não é mais o único nome que importa. Flagg, Jackson Jr., Williamson e Green estão mostrando que o futuro já chegou — e não precisa de contrato milionário para fazer história.
