O Oklahoma City Thunder não apenas venceu, mas esmagou o Phoenix Suns por 138 a 89 no Paycom Center, em Oklahoma City, na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025. A diferença de 49 pontos foi a maior da temporada até então — e um dos maiores vexames da história recente dos Suns. O jogo, que começou às 20h30 (horário local) e às 00h30 no Brasil, foi um show de força ofensiva, precisão e dominância tática. O Thunder, com 25 vitórias e apenas 1 derrota, estendeu sua sequência invicta para 16 jogos, enquanto os Suns caíram para 14-11, mantendo-se na 13ª posição da Conferência Oeste. O técnico Mark Daigneault viu sua equipe atingir 59% de aproveitamento nos arremessos de quadra e um assustador 55% nos tiros de três pontos — números que só se veem em partidas de videogame.
Um time em outro nível
O Thunder não precisou de um jogo perfeito para destruir os Suns. Precisou apenas de consistência. No primeiro quarto, já deixou claro que não viria para brincar: 38 pontos contra 23. No segundo, ampliou com 36 a 25. O terceiro foi o momento em que o jogo virou um treino de defesa para os visitantes — 36 a 24. E no quarto, o desespero tomou conta: 28 a 17. A equipe da casa teve 43 assistências, quase o dobro dos Suns (24). A bola rodou, os passes encaixaram, e cada jogador parecia saber exatamente onde o outro estaria. Mesmo sem Shai Gilgeous-Alexander nos últimos 15 jogos por lesão no cotovelo, o time não perdeu ritmo. Quando ele voltou nesta noite, foi só para dar um toque final: 22 pontos, 8 assistências e um sorriso de quem sabia que o time estava pronto para algo maior.Os Suns sem alma
Enquanto o Thunder brilhava, os Suns pareciam desorientados. Sem Devin Booker (lesão na virilha) e Jalen Green, não tinham ninguém capaz de criar jogadas em momentos decisivos. O que sobrou foi um time que tentava forçar arremessos de três pontos, errando quase metade deles. A defesa, que já era frágil, desmoronou sob a pressão ofensiva do Thunder. A equipe de Phoenix cometeu apenas 13 faltas — o que parece pouco — mas foi porque não conseguiram nem sequer tocar nos jogadores do adversário. O que mais doía? A falta de reação. Nenhum jogador assumiu a responsabilidade. Nenhum líder gritou. Apenas silêncio, e um placar que não parava de crescer.Apostas que acertaram — e as que falharam
Antes do jogo, as casas de apostas davam o Thunder como favorito por 10,5 a 14,5 pontos. A linha total de pontos estava em 226,5. O resultado final? 227 pontos — exatamente um ponto acima. A aposta no over pagou. Mas a verdadeira surpresa foi o handicap: o Thunder venceu por 49 pontos, muito além de qualquer linha oferecida. O site Bookies.com indicava uma aposta combinada: Thunder acima de 119,5 pontos (odd -137) e Grayson Allen com mais de 2,5 bolas de três (odd -167). O Thunder fez 138 — e Allen, com apenas 11 pontos e 1 tripla, falhou redondamente. Mas quem apostou no Thunder com handicap de -14,5? Ganhou de forma espetacular. Ainda assim, muitos apostadores se deixaram levar pela ausência de Shai e apostaram no Suns como azarões. Foi um erro caro.
Um histórico que não perdoa
Esta foi a quinta vitória consecutiva do Thunder sobre os Suns na temporada regular — e a primeira vez que os Suns perdem por mais de 40 pontos desde 2021. Desde março de 2023, quando venceram por 119 a 115, os Suns não conseguem vencer o Thunder em Oklahoma City. Nos últimos três confrontos, o Thunder média 125 pontos por jogo. Os Suns? 98. A diferença não é só de talento — é de mentalidade. Enquanto o Thunder joga como um time unido, os Suns parecem um grupo de estrelas sem direção. A estatística mais cruel? Nos últimos cinco jogos entre eles, o Thunder teve 43 ou mais assistências em quatro ocasiões. Os Suns? Nunca passaram de 25.O que vem a seguir?
O Thunder, agora com 25 vitórias, é o líder absoluto da Conferência Oeste. E com Shai de volta, a equipe se torna favorita para o título da NBA. O próximo desafio? Um confronto direto contra o Denver Nuggets, em casa, no dia 13 de dezembro. Já os Suns têm apenas 48 horas para se recompor — enfrentam o Los Angeles Lakers em 14 de dezembro, em casa, com a pressão de um público que exige resultados. Mas depois de uma derrota de 49 pontos, a pergunta não é mais se vão vencer — é se ainda têm o quebrado.
Por que isso importa?
Este jogo não foi só uma vitória. Foi um sinal. O Thunder, que foi considerado um time em reconstrução até o início da temporada, agora é o mais consistente da NBA. E o Suns, que em 2024 sonhava com o título, parece ter perdido o rumo. A diferença entre os dois? O Thunder tem um sistema, um estilo, uma cultura. Os Suns têm nomes. E no basquete moderno, nomes não vencem campeonatos — sistemas vencem.Frequently Asked Questions
Como o retorno de Shai Gilgeous-Alexander impactou o jogo?
Shai voltou após 15 jogos fora por lesão no cotovelo e não precisou brilhar para decidir: marcou 22 pontos, deu 8 assistências e manteve o ritmo ofensivo. Sua presença no court elevou a confiança da equipe, mas o mais importante foi o efeito psicológico — os Suns sabiam que ele estava de volta, e isso aumentou a pressão sobre eles. Ele não foi o maior cestinha, mas foi o catalisador da eficiência coletiva.
Por que o Phoenix Suns sofreu tanta derrota mesmo com a ausência de dois jogadores?
A ausência de Booker e Green foi um fator, mas não o principal. O problema é estrutural: os Suns não têm profundidade ofensiva, dependem demais de estrelas e não têm um sistema defensivo coeso. Sem eles, o time perdeu identidade. O Thunder, por outro lado, tem 9 jogadores com média acima de 8 pontos — é um time, não um grupo de individualidades.
Qual foi a maior diferença de pontos na história entre Thunder e Suns?
A derrota por 49 pontos em 10 de dezembro de 2025 foi a maior desde 2008, quando o Thunder (então Seattle SuperSonics) perdeu por 50 pontos para os Suns. É a segunda maior derrota da franquia em casa na era moderna. O recorde absoluto de derrota para o Thunder ocorreu em 2015, quando o time de Oklahoma City venceu por 52 pontos — mas isso foi antes da era de Shai e Daigneault.
O Thunder pode quebrar o recorde de vitórias consecutivas da NBA?
Com 16 vitórias seguidas, o Thunder está a 12 da marca histórica de 33, detida pelos Lakers de 1971-72. Mas o recorde de vitórias consecutivas em casa é de 41, pelo Warriors em 2015-16. Se mantiverem o ritmo, podem chegar a 25 vitórias consecutivas até o fim da temporada — algo que nunca foi feito na era moderna. A chave será manter a saúde de Shai e a consistência defensiva.
O que os Suns precisam fazer para se recuperar?
Precisam de um novo treinador, um novo sistema e, acima de tudo, uma nova cultura. Sem Booker e Green, o time perdeu sua identidade. A solução não é trazer mais estrelas — é desenvolver jogadores jovens, criar um estilo de jogo coletivo e reconstruir a confiança. Se não fizerem isso, a temporada de 2025-26 pode ser a última de sua era de glória.