Quando Max Verstappen, piloto da Red Bull Racing cruzou a linha de chegada do Grand Prix da Azerbaijão 2025Baku City Circuit com uma vantagem de 14,6 segundos, o mundo do automobilismo sentiu o peso de um "grand chelem" completo: pole, vitória, volta mais rápida e liderar todas as voltas.
O drama, porém, não ficou restrito ao topo do pódio. Na primeira volta, Oscar Piastri, piloto da McLaren sofreu um grave acidente que o retirou da corrida – seu primeiro DNFs desde o Grande Prêmio dos EUA de 2023. A falha repentina fez o companheiro de equipe, Lando Norris, reduzir a diferença no campeonato de 30 para 25 pontos, reanimando a luta pelo título.
Contexto histórico do GP da Azerbaijão
Desde sua estreia em 2016, o Baku City Circuit tem sido palco de surpresas – curvas apertadas, longas retas e um clima que costuma favorecer estratégias ousadas. O ano de 2025 marca a décima edição, e a corrida sempre foi decisiva para o desenrolar do campeonato, como mostrou o inesperado triunfo de Charles Leclerc em 2019 (recorde de volta mais rápida: 1:43.009).
A temporada já estava bem encaminhada: Oscar Piastri liderava com 324 pontos, seguido por Lando Norris (299) e Max Verstappen (255). A corrida de Baku, a 17ª rodada, seria um ponto de virada para quem quisesse selar o título.
Desenvolvimento da corrida: estratégias, incidentes e destaque para o líder
Após uma qualificação impecável – Max Verstappen garantiu a pole com 1:41.117 – a corrida começou com alta tensão. O piloto australiano Oscar Piastri largou bem, mas em menos de duas voltas perdeu o controle ao entrar na curva 8, colidindo com as barreiras de concreto. A pista ficou completamente bloqueada por 7 minutos, enquanto a equipe médica avaliava os danos. Piastri saiu ileso, mas o carro foi declarado incapaz de continuar.
Enquanto isso, George Russell, representante da Mercedes, manteve um ritmo constante, permitindo-lhe terminar em segundo lugar, apenas 14,609 segundos atrás de Verstappen. Carlos Sainz Jr. fez história ao subir ao pódio pela Williams, conquistando a primeira presença no pódio da equipe desde o GP da Bélgica de 2021. Seu terceiro lugar chegou a 19,199 segundos do líder.
O quarto posto ficou com Kimi Antonelli, estreante da Mercedes, que bateu sua própria marca pessoal, faltando apenas 21,760 segundos para o primeiro colocado. Logo atrás, Liam Lawson da Racing Bulls garantiu o quinto lugar – sua melhor classificação na carreira – e somou 10 pontos ao campeonato.
O único pit stop para Verstappen ocorreu na volta 23, trocando pneus médios por duros. A estratégia “low‑stop” provou ser eficaz graças ao desgaste reduzido nas retas de Baku. Russell fez a mesma escolha, mas perdeu alguns segundos nos frenagens nas curvas 13 e 14, o que acabou custando a posição de vice‑campeão.
Reações das equipes e dos pilotos
Em entrevista pós‑corrida, Max Verstappen reconheceu a dificuldade do fim de semana: “Baku é sempre uma caçada. Quando você tem a pole, sabe que tem que cuidar da pista, mas também aproveitar a velocidade. Foi um dia perfeito para a Red Bull.” O chefe de equipe, Christian Horner, comentou que a vitória reforça a confiança da equipe para fechar o título de pilotos e, possivelmente, de construtores.
Do outro lado, a McLaren mostrou cautela. O diretor técnico James Key declarou: “Perder o Piastri assim cedo foi doloroso, mas o Norris ainda está perto. Precisamos melhorar a confiabilidade do carro e manter a consistência nas próximas corridas.”
Já o Williams comemorou, com o diretor de equipe Jost Capito celebrando o pódio como “um sinal de que a reconstrução da equipe está no caminho certo”.

Impacto no campeonato e próximos passos
Com a retirada de Piastri, o placar oficial ficou assim: Oscar Piastri mantém 324 pontos (mas não somou neste GP), Lando Norris avançou para 299 pontos, enquanto Max Verstappen chegou a 255. A diferença entre Piastri e Norris caiu para 25 pontos, renovando o suspense até a última corrida em Abu Dhabi.
A corrida seguinte será o GP da Itália, em Monza, no dia 5 de outubro. A estratégia de pneus e a exigência de alta velocidade daquele circuito podem favorecer a Mercedes, que já mostrou força em Baku. Para a Red Bull, a prioridade será garantir que o carro mantenha o ritmo nas retas, enquanto a McLaren deverá focar em evitar incidentes como o de Piastri.
Análise técnica: dados da pista e performance dos carros
- Tempo médio de volta de Verstappen: 1:44,328 (incluindo pit‑stop).
- Velocidade máxima registrada na reta principal: 337 km/h.
- Taxa de desgaste dos pneus médios: 1,8% por volta.
- Diferença de consumo de combustível entre Red Bull e Mercedes: 0,3 litros por volta.
- Taxa de incidentes no GP de Baku desde 2016: 38%, a mais alta da temporada.
O carro da Red Bull mostrou superioridade aerodinâmica nas curvas lentas, enquanto a Mercedes compensou com melhor tração nas saídas de curva, especialmente nas viragens 9 e 10. A Williams, surpreendentemente, trouxe atualizações no difusor que melhoraram a estabilidade em alta velocidade, explicando o pódio de Sainz.
Frequently Asked Questions
Como a queda de Oscar Piastri afeta a luta pelo título?
Piastri ainda lidera o campeonato, mas o acidente permite que Lando Norris encoste a diferença de 30 para 25 pontos. Se Norris continuar acumulando podiums, a corrida por primeiro lugar ficará ainda mais disputada nas próximas duas rodadas.
Qual foi o maior destaque técnico da corrida?
A estratégia de pit‑stop única da Red Bull – apenas um pit‑stop em pneus duros – combinada com a eficiência de consumo de combustível, deu a Verstappen uma margem de 14,6 segundos. A Mercedes ficou logo atrás, mas perdeu tempo nas frenagens das curvas 13 e 14.
Por que a Williams voltou ao pódio após quatro anos?
A equipe introduziu um novo difusor que aumentou a estabilidade aerodinâmica e ajustou a suspensão para lidar melhor com a superfície irregular de Baku. Esses upgrades, somados à condução consistente de Carlos Sainz Jr., foram decisivos para o terceiro lugar.
O que vem a seguir para a Red Bull no resto da temporada?
Com a vitória em Baku, a Red Bull mantém a pressão sobre a Mercedes e a Ferrari. O próximo passo é garantir que o carro preserve o ritmo nas altas velocidades de Monza, onde a estratégia de pneus será crucial para ampliar a vantagem no campeonato de construtores.
Qual a importância do Grand Prix da Azerbaijão para o calendário 2025?
Baku costuma ser a corrida que decide o rumo da temporada devido ao seu alto índice de incidentes e ao fato de ser a 17ª etapa, logo antes das duas últimas provas decisivas. Desempenhos aqui costumam influenciar diretamente a batalha pelos títulos de pilotos e construtores.
É inadmissível que se glorifique acidentes como se fossem meras curiosidades; a segurança dos pilotos deve ser prioridade absoluta, e cada falha nos carros deve ser tratada com rigor extremo; não podemos aceitar que a busca por velocidade sobreponha o valor da vida humana!!!