O calendário das oitavas e o caminho até Lima
Datas definidas, malas prontas e 180 minutos para sobreviver. A Copa Libertadores 2025 entrou no mata-mata com as oitavas disputadas em agosto: jogos de ida entre 12 e 14 e partidas de volta de 19 a 21. O sorteio, realizado em 2 de junho, travou o chaveamento do mata-mata, do cruzamento das oitavas até a final única.
Como de costume, os oito líderes dos grupos foram cabeças de chave e enfrentaram os segundos colocados. A ordem dos mandos também seguiu a regra tradicional: os times de melhor campanha decidiram em casa. A partir daí, o caminho ficou desenhado e não houve novo sorteio para as etapas seguintes, o que sempre alimenta projeções e rivalidades antecipadas.
Dois pontos mexem com a estratégia: não existe mais o gol qualificado fora de casa e, em caso de empate no agregado, a decisão vai direto para os pênaltis nas fases anteriores à final. No jogo decisivo, que será em 29 de novembro, no Estadio Monumental, em Lima (Peru), há prorrogação e, se necessário, penalidades.
Com as oitavas resolvidas, o torneio entrou nas quartas de final. As partidas de ida foram disputadas entre 16 e 18 de setembro, com as voltas marcadas para 23 a 25 do mesmo mês. A partir daí, saem os quatro semifinalistas que caminham para a reta final da temporada continental. A final em Lima promete lotação máxima e cenário grande para a consagração do campeão, além da vaga internacional no calendário da FIFA destinada ao campeão sul-americano.
- 2 de junho de 2025 — Sorteio do mata-mata
- 12 a 14 de agosto — Oitavas de final (jogos de ida)
- 19 a 21 de agosto — Oitavas de final (jogos de volta)
- 16 a 18 de setembro — Quartas de final (jogos de ida)
- 23 a 25 de setembro — Quartas de final (jogos de volta)
- 29 de novembro — Final, Estadio Monumental, Lima

Quem segue vivo e o que pesa na reta final
O funil apertou e sobrou peso pesado. Racing Club e Vélez Sarsfield (Argentina), Liga de Quito (Equador), São Paulo, Flamengo e Palmeiras (Brasil), Estudiantes de La Plata e River Plate (Argentina) seguem na briga por vaga nas semifinais. Não faltam credenciais: River (quatro títulos), Estudiantes (quatro), Flamengo (três), São Paulo (três) e Palmeiras (três) colecionam taças; Racing e Vélez têm uma cada, enquanto a LDU Quito também ergueu a América em 2008.
O chaveamento mistura estilos e ambientes bem diferentes. Jogo em Quito, por exemplo, significa altitude na casa dos 2.800 metros — um desafio físico e de gestão de elenco. Em Buenos Aires ou La Plata, o inverno sul-americano deixa o ritmo mais truncado, com noites frias e gramados que exigem atenção. No Brasil, estádios cheios, viagens longas e maratonas domésticas apertam o calendário e cobram soluções de rodízio.
Nos detalhes táticos, pesa muito quem controla a série em casa na volta. Sem a regra do gol fora, vale segurar o ímpeto no primeiro jogo e construir o resultado na partida derradeira, diante da própria torcida. Bola parada, bolas longas em transição e profundidade pelos lados têm decidido duelos parelhos. E, claro, goleiros com noite inspirada viram fator quando tudo se resolve nos pênaltis.
Além do jogo em si, há a gestão do elenco. Lesões, suspensões por cartões e viagens internacionais mexem com a escalação a cada rodada. Times que suportam trocas sem perder identidade chegam mais inteiros às semifinais. É a hora de elencos longos e polivalentes, especialmente nas laterais e na zaga, onde a sequência de jogos cobra caro.
Outra curiosidade do regulamento: confrontos entre clubes do mesmo país são permitidos em qualquer fase do mata-mata. Isso costuma antecipar finais e abrir espaço para clássicos intensos, com estádios lotados e pressão alta desde o aquecimento. Para quem assiste, o pacote é completo: jogo grande, história pesada e margem mínima para erro.
No fim, a conta é simples: 16 viraram 8, e desses sairão os quatro semifinalistas que vão a um passo de Lima. O Monumental espera uma final de audiência enorme e clima de decisão continental, do jeito que a Libertadores costuma entregar. Até lá, cada minuto conta — e cada detalhe, do gramado à bola aérea, pode ser a diferença entre glória e frustração.
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